trabalho em conjunto com
Ana Cândida Lima*
domingo, 11 de outubro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
"Porque tendo memória
elegi a amnésia.
Porque sendo testemunha
neguei haver estado.
Porque estendi a mão
mas não a abri.
Porque prometi
sabendo que não cumpriria.
Porque me neguei
a sonhar desperto.
Porque tive medo
ao medo.
Porque conheci o mundo
para não conhecer-me.
Porque não me atrevi
a morrer de amor.
Porque me dobrei
ao invés de romper-me.
Sou o Homem Roto."
* Grupo Escombros *
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
'muito'
a mão muito branca desliza pelo cabelo muito preto.
mais um retorno, retorno do amor, retorno das brigas.
muito cansaço sem nome.
muitas promessas sem direção.
poucas palavras e muito suor.
noites quentes em tempos frios.
muita razão no lugar do instinto.
muito.
muita.
muito pouco.
(...)
*
mais um retorno, retorno do amor, retorno das brigas.
muito cansaço sem nome.
muitas promessas sem direção.
poucas palavras e muito suor.
noites quentes em tempos frios.
muita razão no lugar do instinto.
muito.
muita.
muito pouco.
(...)
*
sexta-feira, 17 de julho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
'uma conversinha sobre deus'
certamente....se tem algum deus é o sol
sem ele, não tem nós
não tem nada nem ninguém
ele dá a vida e também mata por ressecamento
fogo da vida
*
domingo, 17 de maio de 2015
'migração'
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
*Fernando Teixeira de Andrade*
sexta-feira, 3 de abril de 2015
'outro'
as drogas, a saliva, a vida escorrendo pelos dedos*
dopando-se para fugir da dor de ser, ser o que não é adequado a um determinado espaço, tempo*
rotula-se para se sentir seguro e para defender-se*
não quer ver, não quer ouvir...pretende então criar um castelo/refúgio...onde sonhos podem se tornar pesadelos...sexo tântrico se torna tóxico com a repetição e a fuga que no ato se instala...refletindo no outro a tua angústia...*
o outro não é tu, o outro sou eu, e o outro ainda pode ser outro...outro que a ti se equipara, mas não vive sob tua pele,não se move com tua carne*
o outro não pode ser mais uma droga que pretendes inserir em teu cardápio...o outro é o outro...*
'tu'
teus pés te trouxeram ao encontro de meu corpo*
teu movimento fez vento, fez ondas , fez emoção ser instável*
instável é nossa falta de chão, é nosso quarto/cenário, de onde nunca saímos*
nossos obscuros encontros, nossas lágrimas escondidas e escancaradas*
teu movimento circular nos prendeu nas sombras*
temos um lugar que é só nosso, sempre será*
nada está estático, estamos no ar, dissolvendo-nos no amor e na frustração da covardia ambígua*
teus pés te levam agora, para longe de meu corpo*
na obscuridade ainda estará nossa marca, que não pertence a nenhuma história, nenhuma pessoa, nenhuma situação*
mais um amor sem nome, te chamo 'tu', esse ser que se foi, que se vai e que vem*
terça-feira, 17 de março de 2015
sexta-feira, 13 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
'lembrança'
hoje abri potes de tintas guardadas há muito*
cheiro forte de água e resíduos parados, mas que ainda possuem cor*
com essas tintas comecei a pintar teu rosto*
pinto ele como existe em minha lembrança, não como ele realmente é*
domingo, 4 de janeiro de 2015
'inflamação'
infla amada* infla a ação* tua cabeça infla a ponto de subir às alturas da inação* inflamação das ideias, do corpo, da alma. quando virá a calmaria?*
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