fui pra lá,pensando em suicídio.
no apartamento que havia alugado,tinha uma banheira.
pensei então,cortar pulsos na vertical,já imersa em água fervente na tal banheira.
assim sendo,o sangue escoaria rápido e o corpo estaria anestesiado.
queria ter feito isso aquela noite.
mas na tarde,que veio antes da noite,conheci um devoto de krishna.
ele então me convidou a ir ao templo,onde haveria um festival com música,palestra e comida vegetariana.
e pensei:"porque não?"
fui.
toquei instrumentos,cantei,dancei,ouvi e comi.
quando estava lambendo meus bigodes,chegou o mais velho dos devotos e disse:
"-tu estás feliz?"
eu:"-sim"
"-gostastes de ter vindo aqui?"
eu"-...sim."
"-pois então preciso te dizer uma coisa.olha,não adianta nada se matar.tu seguirás existindo.necessitas de mais criatividade para a vida.de nada adiantará fugir."
eu:"....tah bom..."
.........
e não matei a mim mesma.
estou aqui e alguém um dia pode ler a minha testa dando-me outra alternativa vivencial/existencial.
*